Pegadas de Jesus

Pegadas de Jesus

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INFORMANDO...


Amigos,
Quando criei este Blog em 2010, eu dispunha de tempo para me dedicar a ele, e a fazer as visitas aos Blogs amigos, porém, logo depois, assumi alguns compromissos que escassearam meu tempo, não mais me permitindo ter a mesma disponibilidade, e então me afastei. Vez por outra eu vinha por aqui, me visitava, e deixava um recadinho, e só, não tinha tempo para mais que isso.
Fiquei muito triste logo que me afastei, pois, fiz grandes amizades, mas, a responsabilidade falou mais alto.
A situação está mudando um pouco agora, os compromissos estão mais flexíveis, e estou em contagem regressiva para a aposentaria (em princípios de 2016). Por isso estou voltando, aos poucos, até poder me dedicar mais assiduamente.
Pretendo, neste ano de 2015, postar pelo menos um texto, semanalmente, e reservar um tempinho para navegar pelos blogs amigos. É o meu projeto.
Sou muito grata aos amigos que nunca me esqueceram, e que continuaram a me incentivar a cada vez que eu aparecia por aqui. Vocês são a razão de ser desse cantinho.
Estou aberta a novas amizades e todos serão sempre bem vindos neste espaço que é cultivado com muito carinho e que se propõe a falar de paz e de amor fraterno.
Grande abraço

Socorro Melo

sábado, 29 de agosto de 2015

INGRATIDÃO



Teoricamente sei que as pessoas não são iguais, que cada uma tem o seu jeito de ser e de agir. O que é importante para uma, não deve ser, necessariamente, a mesma coisa para outra. Sei que devo compreender as limitações e as fraquezas “do outro”, mas, na prática, não consigo entender, como aceitar ingratidão daqueles a quem muito nos doamos. É óbvio que todos nós erramos, fazemos coisas que entristece a quem amamos, vacilamos... mas, repetir as mesmas atitudes egoístas, mesmo sabendo que elas vão ferir, machucar, indignar... Irresponsabilidades, cinismos, tudo passa pela mentira, e mentira destrói a confiança. Entendo que nossa liberdade, esbarra sempre na liberdade de alguém. Se temos compromissos, eles exigem satisfações. Como não cumpri-los? É falta de amor e de respeito agir de forma egoísta, e ainda por cima, tentar se justificar com meias verdades. Decididamente, ainda não sei como se ofertar perdão a quem não faz questão de receber.

Por Socorro Melo 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

ESPIRITUAL IDADE - CONFIANÇA VIRTUAL

  

Esta é a minha participação na festa do Blog Espiritual-Idade (http://www.idade-espiritual.com.br/ ) da Rosélia Bezerra.
Parabéns, Rosélia, por nos presentear com uma página tão iluminada, e com a sua amizade tão calorosa. Que o  Espiritual-Idade continue mostrando a sua beleza e vivacidade, alegria e inocência (de seus seis aninhos), e nos ensine a perseverança, que passa pela confiança, para fortalecer os laços de amizade que se fazem por aqui. 



CONFIANÇA VIRTUAL
A pessoa humana é a maior maravilha do mundo. E justamente por ser inexplicável, incompreensível, exerce tanto fascínio.  A amizade é o que nos aproxima desse mistério. Uma vez amigos, vamos descobrindo as grandezas de cada um. E para viver essa aventura, muitas vezes pagamos um preço. Até que tenhamos mergulhado no universo de cada ser, precisamos de ousadia para adentrar. A confiança requer ousadia. Ter confiança é dar crédito ao outro. É acreditar na sinceridade e na retidão moral. Ela cresce e se estabelece à medida que vamos levantando o véu, conhecendo a outra pessoa.
No mundo virtual, eu, particularmente, sondo as pessoas pelo que escrevem, pelo que pensam,  pelo que creem, pelo que lutam, pelo que se indignam. Pelas atitudes. Porque até mesmo nesse universo podemos perceber comportamentos, sutilezas, grandeza de alma, humildade, mas também pretensão, imaturidade, vaidade e preconceito.
A confiança virtual é acima de tudo ousadia, que nada mais é que prudência. Prudência é respeito, é cautela. E quando não nos esquecemos disso, podemos sim, firmar amizades sadias e verdadeiras, que passam a agregar valores em nossas vidas.
Nunca passei por qualquer experiência desagradável, negativa ou impertinente, durante mais de cinco anos em que navego nas redes sociais. Pra isso tomo minhas precauções: sou respeitosa, não me envolvo em polêmicas, e não me relaciono com pessoas que não demonstram prezar os princípios que me norteiam. E assim, vou desfrutando dessa aventura que é construir amizades, e foi assim, que nasceu a minha amizade com Rosélia e com tantos outros nesse mundo virtual, em quem confio e com quem partilho minha experiência de vida.

(Socorro Melo).


segunda-feira, 10 de agosto de 2015





Blogagem Coletiva proposta por Norma Emiliano, em comemoração aos seis anos do seu Blog http://pensandoemfamilia.com.br/

Muito grata, Norma, pelo convite, e parabéns pelo Blog que tem uma proposta bonita e digna, de compromisso com a família. Eis a minha história...


DE  CARRO A PATOS...


Eu tinha 20 anos. Participava do Rotaract, o clube de jovens do Rotary Club, da minha cidade Belo Jardim, em Pernambuco.
Naquela ocasião nós, do Rotaract Club, iríamos participar de uma Convenção Distrital que aconteceria na cidade de Patos, na Paraíba.
Eu não conhecia Patos, e estava animadíssima para esse evento, tanto por conhecer a cidade, quanto pelas expectativas do encontro, pois, tudo era novidade, eu apenas começara a descobrir o mundo.
Chegou o dia, e lá fomos nós.
Na véspera da viagem, as meninas do grupo,  dormimos na casa da nossa amiga Júlia, de onde sairíamos pela madrugada, junto com os rapazes, rumo ao nosso destino. Na verdade nem conseguimos dormir, de tanta emoção. Rimos e conversamos muito, e às três da manhã, partimos.
Seguimos pela BR 232 em direção ao sertão de Pernambuco, para num determinado ponto, entrar na Paraíba, só que tomamos um atalho, para ganhar tempo, e ao invés disso nos perdemos, e rodamos por muito tempo sem se quer ver uma vivalma e sem ter noção de onde estávamos. Era o tempo da Copa do mundo de 1982, da Espanha, e depois de rodar tanto sem saída achávamos que não tardaria para que Madri aparecesse à nossa frente. Brincávamos para manter a calma, pois, já começávamos a nos preocupar com a possível falta de combustível. Depois de muito tempo, chegamos à estrada principal, a BR.
A hora já estava avançada, e talvez não conseguíssemos chegar para abertura do evento, onde deveríamos nos apresentar. Prosseguimos animados. Em Monteiro, na Paraíba, quando o sol já estava alto, o carro se chocou com uma coluna de ferro e cimento. Por sorte não nos ferimos, mas, o susto foi grande, e ainda perdemos um pouco mais de tempo tentando nos desvencilhar dos policiais rodoviários que faziam inúmeras perguntas e tencionavam segurar o carro que ficara um pouco amassado, entanto, com nosso tradicional jeitinho brasileiro conseguimos convencê-los, era só um amassadinho de nada. E lá fomos nós cortando o sertão da Paraíba.
Chegamos tarde, cansados e com muita fome. Perdemos a abertura do evento e o café da manhã. Porém, o encontro estava animadíssimo, com muitos jovens, muitas atividades, música, bandeiras, cores, coreografias, etc.
Passados os momentos de contrariedade, tudo se normalizou. Fomos alojados, almoçamos, descansamos e à tarde voltamos para a plenária. Foi o primeiro evento de grande porte que eu participei. Fiquei um pouco deslumbrada com tudo. Nunca viajara para tão longe... Nunca participara de um encontro com tanta gente,  com jovens de várias cidades, de quatro estados diferentes...  Nunca havia escutado palestrantes tão bons e tão dinâmicos, além dos meus professores... Eram tantas as atividades, as brincadeiras, as dinâmicas, os jogos, que o tempo parecia voar... E houve um campeonato de futebol de salão, e o nosso time masculino foi chegando de mansinho, e se classificando. Era um timizinho fraco, sem perspectiva, mas, na noite daquele sábado se tornou um gigante e se  classificou para a grande final na manhã seguinte. Tinha vencido outros mais expressivos, mais agressivos, e conseguiu se impor e sonhar com a taça daquela Convenção.
E para coroar àquele dia, ainda faltava algo acontecer: à noite, acordei com muito barulho no alojamento feminino, e um entra e sai de mulheres correndo pro WC, e mesma coisa acontecendo com os garotos no alojamento masculino. As filas dos sanitários eram quilométricas, pois, alguma coisa estragada no jantar, havia causado toda aquela confusão, que ainda assim, tornara-se ocasião de divertimento para os jovens. Fui dos poucos que escaparam desse vexame.
Dia seguinte, domingo, último dia da Convenção, entre outras coisas, eu estava ansiosa para o jogo. Torci muito pelo meu time, incentivei, pulei e gritei na arquibancada, e quando menos se espera, meu time sofre um pênalti, e aí foi o nosso fim. Amargamos o segundo lugar.
Fiquei  amuada, como dizemos aqui no Nordeste. Triste demais. Zangada com os meninos. Indignada com aquela perda irresponsável. E aí, sentei-me em algum lugar perto da Quadra do Ginásio de Esportes, curtindo minha raiva, quando a Júlia bateu essa foto. Todos tentavam me consolar, mas, eu, dura na queda,  por um bom tempo permaneci assim, bicuda.
A volta pra casa foi tranquila...  E só sei que foi assim... Há 33 anos...


(Socorro Melo)