Pegadas de Jesus

Pegadas de Jesus

quinta-feira, 26 de julho de 2012

VOU ALI, CUIDAR DA SAÚDE...

Olá, meus amigos!

Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo.Mark Twain


Bom saber disso. Quem sabe Mark Twain tenha razão. E sendo assim, eu sou uma pessoa corajosa.
Corajosa! Mesmo me borrando de medo, nunca deixei que ele me dominasse, não mesmo. No fundo, a minha fé sempre me valeu.

E não vai ser agora, diante desse medo que tem me tirado o sossego, que vou me entregar. Plagiando Drummond, consigo entendê-lo, finalmente, pois que também pedras me foram postas no meio do caminho:

No meio do caminho tem uma cirurgia
tem uma cirurgia no meio do caminho
tem uma cirurgia
no meio do caminho tem uma cirurgia.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minha vesícula tão fatigada.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tem uma cirurgia
tem uma cirurgia no meio do caminho

no meio do caminho tem uma cirurgia.


Vou ali, cuidar da saúde. Conto com as orações de todos, e me perdoem se não os tenho visitado, mas, estou sem tempo, e também muito tensa, e sem inspiração, afinal, no meio do caminho tem uma cirurgia...

Vou e volto, se Deus me permitir. 

Um grande abraço
Paz e Bem!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

LIBERDADE

 
Ai que prazer

não cumprir um dever.

Ter um livro para ler

e não o fazer!

Ler é maçada,

estudar é nada.

O sol doira sem literatura.

O rio corre bem ou mal,

sem edição original.

E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal

como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.

Estudar é uma coisa em que está indistinta

A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.

Esperar por D. Sebastião,

Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...

Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol que peca

Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto

É Jesus Cristo,

Que não sabia nada de finanças,

Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O BULLYING DE OUTROS TEMPOS



Imagem do Google

Bullying... Palavrinha esquisita. Mas, está na moda agora. Vez por outra vemos nos noticiários da TV, nos jornais e nas revistas... Casos de bullying.

Bullying é todas as formas de agressões, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, exercidas sobre os mais fracos, com o objetivo de ameaçar, tiranizar, oprimir, intimidar, humilhar ou maltratar, assim diz o dicionário.

Dia desses, minha amiga foi à escola do filho, e procurou a diretora. Perguntou: qual o comportamento do meu filho aqui na escola?

E ela respondeu: excelente.

Ah é? Tem certeza?

E ela disse: absoluta, o Carlinhos é um jovem extremamente educado, comprometido, e bom.

E a senhora sabe que ele está sendo vítima de ameaças por parte de um colega?

A diretora não respondeu, mas minha amiga percebeu que ela ficou chocada.

Provavelmente a senhora também conhece o Joãozinho, o colega do meu filho?

E a diretora acenou que sim.

E ele tem o mesmo comportamento do meu filho?- Perguntou.

Infelizmente não. Joãozinho é um aluno hiperativo - Respondeu.

Ah, hiperativo!Então, deixo este problema de hiperatividade com a senhora. Entendo que é dever da escola resolver, e espero que assim aconteça. O meu papel é cuidar e proteger meu filho. E se a escola não for capaz de resolver, tomo minhas providências. E saiu.

Em casa conversou com o filho, que naquele dia havia tido coragem de contar das ameaças e das agressões psicológicas de que era vítima. Ao filho, minha amiga falou: não tenha segredos para mim. Sejam quais forem as ameaças, ou chantagens, me conte. Se você não puder confiar em mim, em quem mais vai confiar? Ou você acha que é mais inteligente me poupar, e a seu pai, e ficar na mão de um delinqüente? E tem mais, se você me esconder alguma coisa, quando eu souber, você vai levar uma baita surra.

Felizmente, a escola convidou os pais de Joãozinho, e deu-lhes conhecimento da situação, e as ameaças pararam. Contudo, nem sempre é assim. Vêem-se casos e casos, e alguns com finais bem trágicos.

Então me lembrei de um episódio que aconteceu na minha infância, em tempos idos.

Havia na rua onde eu morava, um menino chamado Jorginho, que era um terror. Todas as crianças tinham medo dele. Ele vivia só, não brincava com os outros, pois, as brincadeiras  que ele participava acabavam em pancadaria, e Jorginho sempre levava a melhor.

Meu irmão, mais novo do que eu dois anos, era “freguês” de Jorginho. Sempre chegava em casa machucado, arranhado, de olho roxo, enfim.

Um dia, a molecada da rua se reuniu para uma brincadeira, e só Jorginho ficou de fora. Mas ele ficou por perto, cercando, e provocando um e outro, despeitado porque as crianças não o convidaram para brincar.

Por fim, arrumou um bate-boca com meu irmão. Provocou, xingou, e até a minha santa mãe, foi chamada do que não devia. Isso me deixou indignada. Eu também estava lá, participando da brincadeira.

Jorginho falou que ia bater em meu irmão, e aí me adiantei, e pedi que nos deixasse em paz. No entanto ele, que não queria ser ridicularizado na frente dos meninos que o temiam, se lançou sobre meu irmão, porém, antes que o atacasse, eu ataquei primeiro (Mônica???). Bati tanto nele, sob a aprovação das outras crianças, que me empolguei, logo eu, que sempre tive aversão à violência. Claro que apanhei também, mas, Jorginho apanhou mais.

Esse dia, memorável, foi um marco na vida das crianças daquela rua. Acabei com o reinado de Jorginho. Nunca mais ele bateu no meu irmão, e se atrevia menos a brigar com os outros meninos. Ficou com vergonha por ter apanhado de uma menina.

Resolvemos nossa pendenga na rua. Nossos pais não ficaram de mal. E tanto eu quanto meu irmão, e Jorginho, que era nosso vizinho, levamos uma sova, quando chegamos em casa. E o bullying ficou resolvido aí.

Nossos pais nos ensinavam que devíamos manter a paz com todos, mas, em caso de necessidade, que soubéssemos nos defender. E assim agíamos, e ninguém ficava traumatizado por isto, e nem precisava ir ao psicólogo. Era tudo tão prático, rsrs.

Por Socorro Melo

segunda-feira, 16 de julho de 2012

BLOGAGEM COLETIVA - AMOR AOS PEDAÇOS


Amor aos pedaços
 Esta é a minha contribuição para a BCAP, idealizada pelas amigas:

Rute do http://publicarparapartilhar.blogspot.com/
Luma do http://luzdeluma.blogspot.com/,
Rosélia do http://espiritual-idade.blogspot.com/,

REINTEGRAÇÃO

Porque a vida é uma sucessão de fatos, inexplicáveis e inevitáveis;
Porque é preciso que eu me levante cada vez que cair;
Porque somente eu sou responsável por mim mesma;
Porque ninguém me deve nada, sou eu que espero dos outros, até o que não podem me dar;
Porque não é me fazendo de vítima que vou mudar o rumo dos acontecimentos;
Porque é necessário que eu aprenda que realidade não é fantasia;
Porque se faz mister entender que tudo que acontece aos outros, pode acontecer comigo;
Porque preciso ser decidida, e responsável pelas minhas decisões, e atos;
Porque não sou maior que ninguém, mas posso ser melhor;
Porque é imprescindível que conheça os meus defeitos e saiba bem administrá-los, e de preferência, eliminá-los;
Porque a maior grandeza da vida, é a humildade;
Porque o amor não imuniza a dor, apenas a torna suportável;
E porque somos limitados e só sabemos amar aos pedaços, devemos e podemos sempre nos reinventar, recomeçar, reintegrar, bastando que tenhamos para a vida:

UM NOVO OLHAR

Dá-me, Senhor, um novo olhar...
Bem diferente, de tudo quanto vi.
Um jeito doce, uma forma de enxergar:
Pra ver o mundo, mas, principalmente a ti.

Um olhar que vê na flor que desabrocha
Além do perfume e da beleza;
As mãos que tecem as fibras e as cores
As mãos do autor da natureza

Um olhar que vê com o coração
O segredo da vida escondido
E perceber que o infinito está contido
Na semente de um pequeno grão

Um olhar que vê no firmamento
Não apenas a grandeza dos luzeiros
Mas o amor que governa o mundo inteiro
Dá-me, Senhor, este sábio entendimento.

Um olhar bem firme e confiante
Um olhar tão puro e cristalino
Que me faça ver a vida em plenitude
E tão humano que manifeste o divino.
Por Socorro Melo


Meus sinceros agradecimentos a equipe organizadora desta Coletiva, tão bem idealizada, e que nos fez viajar e repensar nossas vidas, reconsiderando tantos pontos, e nos propondo a mudanças significativas, que certamente nos tornarão pessoas melhores e mais comprometidas com a vida, e com os semelhantes. 
Aprender com a experiência alheia é sinônimo de grande sabedoria.


Abraços fraternos e
Paz com todos!


quinta-feira, 12 de julho de 2012

O QUE RESTOU



Imagem do Google
Era uma flor em botão...
Macia e exuberante
De um vermelho-paixão

E entre tantos espinhos
Numa folha bem discreta
O teu nome, com carinho!

Na rosa, um beijo ligeiro:
Um tremor de emoção
E o teu sorriso matreiro

Juventude bem guardada
Nos ditames da amizade
Tão ternamente selada

Que se desfez qual fumaça
Nas dobras frias do tempo
Sem deixar rastros ou marcas

Sem viço e despedaçada
Hoje resgatei a rosa
Das páginas amareladas

Nos perdemos nesta vida
Mas grande é a minha ventura
Pois que além da saudade

Numa folha ressequida
Resta a tua assinatura

Por Socorro Melo

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A CANCELA



Está vendo aquela *cancela?

Tão fácil de atravessar...

Ela divide dois lados

O de lá, e o de cá.

Por que estou no de cá?

Vou responder com franqueza

Se lá existe poder

Notoriedade e riqueza...

Estou do lado de cá

Por causa dos meus conceitos

Por primar a honestidade

E apreciar o direito

Porque com toda certeza

A retidão de caráter

É dignidade e nobreza

Então, do lado de lá

Eu não seria acolhida

Nem veria respeitados

Os meus princípios de vida.

Por Socorro Melo


* espécie de porteira rural.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

BEM ME QUER...

BEM ME QUER...

Bem te quero... Mal me queres?
Não sei que queres de mim
Ou será que bem me queres
E mal eu te quero, enfim...


Já despetalei a flor
Pra descobrir a verdade
Se o que sentes por mim
É amor ou amizade


O que eu sinto por ti
Só eu sei, a flor não sabe...
Pois que me obrigo a sentir
O que no peito não cabe


Que fizemos do amor?
Ao longo de nossa vida...
Despetalamos qual flor,
Que ora está destruída?


Bem me quer, afirma a flor!
A singela margarida
Se bem queremos, amor:
Que mal há com a nossa vida?

Por Socorro Melo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

NÁUFRAGO


NÁUFRAGO

A placidez dos meus olhos

Escondem o mar revolto

Que trago no peito

Sou náufrago

Sou refém das incertezas

Fantoche de sentimentos

Que confundem

E atormentam

Aonde aportar seguro?

Nas ondas bravias?

Na areia que me prostra

Desnudando os segredos

Da minh’alma perdida?

Vestida de nevoeiro...

Desvalida...

Nos recantos obscuros

Inacessíveis e

Intransponíveis

Do emaranhado do meu ser?

Por Socorro Melo