Pegadas de Jesus

Pegadas de Jesus

quarta-feira, 31 de março de 2010

DADINHA, MADEIRA QUE CUPIM NÃO RÓI.

Esta é a história de Dadinha, uma amiga de infância. A garota nem parecia gente, de tão travessa que era. Vivia aprontando. Conheci Dadinha quando eu tinha doze anos, e vivemos bons e alegres momentos. Eu era aquela que conciliava os estragos que ela fazia, e muitas vezes ela aprontava comigo também. Nunca gostou de estudar. Aos dezesseis anos nos separamos por que mudei para outro bairro, e ela, pouco tempo depois, foi morar em São Paulo. Nos perdemos de vista por muitos anos. Depois nos reencontramos, e foi dela a iniciativa de se aproximar, pois, eu nem sabia que ela havia voltado. A timidez passou longe de Dadinha, e a discrição também, mas, não deixa de ser um pouco ingênua. Contou-me a sua história, do tempo que morou em São Paulo. Viveu feliz por muito tempo, trabalhou, conheceu vários lugares, e por fim adotou uma criança, mesmo sendo solteira. Teve sérios problemas vasculares, vivia sob cuidados médicos, mas, mesmo assim, não teve como evitar o momento doloroso, precisou amputar uma perna. Passou a andar apoiada em muletas e usar cadeira de rodas. Tempos depois, descobriu que tinha câncer e viveu momentos terríveis, entre a vida e a morte. Fez cirurgia, passou por um longo e doloroso processo de quimioterapia, mas, venceu, ficou curada. Agora, recentemente, fez uma nova cirurgia (mais simples). Seu sonho é conseguir uma prótese da perna. Acho incrível a sua maneira de encarar tudo isso, de forma bem natural, como se fosse simples assim. Ela mora com o filho, agora um adolescente de 13 anos, um garoto obediente, estudioso, que tem lhe proporcionado grandes alegrias. É uma exímia dona de casa, apesar das muletas e da cadeira de rodas. Cuida da casa com esmero, lava e passa roupa, prepara comida e ainda resolve seus problemas externos, no banco, nas repartições públicas, vai ao supermercado, e com muita competência consegue tocar a sua vida. Tristeza? Amargura? Revolta? Nem sombra. A mulher é madeira de lei, madeira que cupim não rói. Nunca vi tanta alegria e tanto bom humor juntos. A gente começa conversar com ela e sente uma pontinha de dó, mas, só por poucos instantes, porque com dez minutos de conversa nos sentimos pequenos e medíocres diante dela, pois, o entusiasmo e a garra vão nos prostrando para uma admiração profunda. Salve Dadinha!

terça-feira, 30 de março de 2010

ATÉ DEUS TRABALHA


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Eu, particularmente, considero o trabalho algo SAGRADO, sempre considerei. E concordo com as palavras sábias do apóstolo Paulo, quando diz: “ O trabalho dignifica o homem “, e mais, “aquele que não quer trabalhar, não deveria então comer”. O trabalho significa uma das maiores realizações da minha vida, não somente porque me garante o sustento,a independência financeira, mas, porque através dele posso ampliar meus conhecimentos e desenvolver o meu potencial. Todos nós temos talentos, que na maioria das vezes ficam guardados, esperando uma oportunidade de virem à tona, e no trabalho, essas oportunidades aparecem. Mostramos quem somos e o que podemos, através das nossas idéias, dos nossos comportamentos.E temos ainda o privilégio de fazer amizades, que são verdadeiras pérolas na nossa vida, que nos acrescentam valores e dividem conosco momentos inesquecíveis. Fico impressionada, apesar de respeitar a opinião de cada um, com pessoas que dizem, em alto e bom som, que não gostam de trabalhar, ou que apenas toleram seus trabalhos por necessidade financeira. Sabemos que existem atividades bem penosas, mal remuneradas, ou que se trabalhe naquilo que não goste, o que naturalmente gera grande insatisfação, mas, isso deveria ser um motivo a mais para se ir à luta e conquistar algo melhor, não apenas em termos financeiros, mas, de uma atividade prazerosa. Deve ser realmente um grande conflito, um desperdício de energias, uma perda de tempo irreparável, ter que trabalhar todos os dias, por uma vida inteira, sem dar ao trabalho o valor que ele merece. Até Deus trabalha, todos os dias, criando e recriando o universo.

“... Esta noite deixei me absorver pela meditação sobre a natureza celeste. Eu admirava o número, a disposição, o curso daqueles globos infinitos. Entretanto, eu admirava ainda mais a Inteligência Infinita que preside este vasto mecanismo. Eu dizia a mim mesmo... É preciso que sejamos bem cegos para não ficarmos extasiados com tal espetáculo, tolos e ingênuos para não reconhecermos seu Autor e loucos para não adorá-lo”.
Isaac Newton.

Fotografias (Eventos de Trabalho)


Reunião Administrativa em João Pessoa/PB


Treinamento SIAFI


Eu, Graça e Maria José


Valdenilson e Eu


Solange, Salomão, Eu e Fátima


Turma da Satel/DRF/CRU


Eu e Solange, na ESAF/BRASÍLIA.


Eu, Solange e Sandra, ESAF/BRASILIA


Semana Orçamentária - Bento Gonçalves/RS


Marlúcia e Eu - Seminário Gravatá/PE


Vilma, Marlúcia e Eu - Seminário Gravatá/PE


Seminário de Logística - Gravatá/PE



Evento Ditab/Copol/Brasília/DF.

segunda-feira, 29 de março de 2010

MINHA GELADEIRA DE 22 ANOS


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Eu não costumo me apegar a nada, coisas, lugares, e mesmo pessoas. Das pessoas eu gosto, amo, mas sem apegos, acho o apego prejudicial. Mas, a vida nos prega cada peça, cada surpresa.Dias atrás eu me peguei sentindo certo “apego” pela minha geladeira de 22 anos. Eu a adquiri por ocasião do meu casamento, há 22 anos, e ela nunca apresentou nenhum problema, nenhuma uma vezinha, sequer. Ela praticamente já fazia parte da família. Nos acompanhou em cada mudança (que não foram poucas). Pra Garanhuns, Recife, Belo Jardim, Campina Grande, Caruaru... e nunca deixou de prestar seus serviços com eficiência. Mas, já estava cansadinha, coitada, vivia emitindo uns ruídos estranhos, engraçados, e eu decidi que chegara a hora de aposentá-la. Comprei uma geladeira nova e quase me senti culpada, vendo-a ali afastada, relegada a último plano,esperando a hora de partir. Que situação, hein? kkkkkkk

sábado, 27 de março de 2010

GUINÉ-BISSAU


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Anteontem, à noite, 25 de março de 2010, quando já estava me recolhendo pra dormir, uma matéria na TV Brasil, no Programa Caminhos da Reportagem, me chamou a atenção, e dispensei alguns minutos para ouvir. A reportagem era sobre a Guiné-Bissau, na África. Trata-se de um país muito pobre, ex-colônia de Portugal, que tem se esforçado para se recuperar da devastação causada pelas ditaduras e guerras civis. Falava-se sobre a história do país, o idioma (português), a geografia, a cultura, seus credos, política, economia e educação... Educação. A taxa de analfabetismo é muito alta no país, o ensino é precário, falta recursos como material escolar, professores e infra-estrutura. Fiquei pasma quando vi a realidade da educação daquele país, indignada, é o termo correto. Mostrou-se uma escola, numa Aldeia, uma construção de taipa de mão (pau-a-pique), coberta de palha, chão de barro, com parte da construção em ruínas. As crianças, uma turma de vinte e oito, levavam seus banquinhos de madeira, ou cadeirinhas de plástico, de casa. Ficavam praticamente amontoadas na sala, devido a falta de espaço, e apoiavam os caderninhos (fininhos) nos joelhos, para realizarem suas atividades, sem o mínimo conforto, sequer onde se recostarem. O quadro negro estava caindo aos pedaços, e a régua que a professora utilizava, para indicar alguma informação no quadro, era um graveto de madeira. Fiquei chocada com a cena, me deu um nó na garganta. Quanto desconforto para aquelas crianças! Mas, elas estavam alegres, sorridentes, e bastante participativas. A Ministra da Economia, que foi entrevistada nessa reportagem, falava das dificuldades, e reconhecia o esforço das crianças, pois, em virtude do trabalho infantil que é acentuado no país, muitas crianças estão fora da escola, e falou sobre a perseverança do governo para mudar aquele cenário no país. Não pude evitar as lágrimas, acho desumano a miséria, o descaso. É muito triste ver cenas como essas, e, infelizmente, sei que não é apenas na África que isso acontece, pois, há algum tempo atrás vi outra reportagem sobre a precariedade das escolas no Norte do Brasil e as cenas não eram tão diferentes da Guiné-Bissau. Onde estão nossos governantes? Onde estão aqueles que nos representam? Será que este quadro nunca vai mudar? A educação nunca será prá todos?

sexta-feira, 26 de março de 2010

DEUS




Deus é incomensurável. Houve momentos em que tentei imaginar Deus. Eu o imaginei de tantas formas: como uma nuvem brilhante, como um vento forte, como um fogo incandescente, como uma figura humana envolvida por uma luz fulgurante, como um senhor idoso de barba longa e branca, enfim... Hoje não imagino mais nada, pois, aprendi que Ele é inimaginável, superior a qualquer coisa que nós humanos possamos pensar. Cada dia que passa me conscientizo de que Deus se torna maior, no meu entendimento, no meu conceito. Acredito que não existe barreiras para Deus, preferências, limites geográficos, culturas religiosas... Deus é Deus, Eu Sou, Yahweh, independente de qualquer versão humana. Ele é o criador e o mantenedor do Universo. Não precisa de nós, mas, nos ama mesmo assim. Não interfere na nossa vida, a não ser que queiramos. Respeita nossa liberdade, nossas escolhas, mas, age com justiça, não dissimulando nossas falhas, permitindo que soframos as consequências dos nossos atos, porém, enxuga nossas lágrimas e nos dá novas oportunidades. Para facilitar meu relacionamento com Deus, vejo em Jesus a sua expressão mais real. Jesus é o maior exemplo a ser seguido pela humanidade. Creio que a minha fé é o meu maior dom, e não vejo sentido na vida sem Deus. Minha meta é seguir Jesus, pois, acredito que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

“Concede-me Senhor, meu Deus,
Uma inteligência que te conheça,
Uma angústia que te procure,
Uma sabedoria que te encontre,
Uma vida que te agrade,
Uma perseverança que te espera com confiança,
E uma confiança que enfim Te possua”
Dom Hélder Câmara.


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quinta-feira, 25 de março de 2010

O FASCÍNIO DAS FOTONOVELAS




Na minha época de adolescente o nosso passatempo não era a televisão, mas, a literatura. E eu me encantei com as fotonovelas. Passava horas a fio lendo lindas e emocionantes histórias de amor (em quadrinhos), nas revistas Grande Hotel, Sétimo Céu, Ilusão, Jackes Douglas, Capricho e Kolossal (esta última era colorida, o máximo!) e outras mais.
Eu e minha prima Fátima Queiroz, aguardávamos ansiosas as revistas chegarem às Bancas semanalmente, e vivíamos trocando, emprestando... era um verdadeiro intercâmbio de revistas.
Adorávamos os atores e atrizes, eram lindos, maravilhosos, e nos faziam sonhar. Creio que quem viveu a adolescência nos anos 70, sabe do que estou falando.
As fotonovelas eram em sua maior parte produções italianas (Editora Vecchi), e os cenários eram as cidades de Roma, Veneza, Gênova, Milão, Florença... Como eu sonhava em conhecer essas cidades!
O meu ídolo era o Franco Gasparri (ele era o sonho de consumo de todas as adolescentes da época, moreno, alto, bonito, olhos verdes e sensual, kkkkk), mas, gostava também da Michela Roc, do Alex Damiani , da Cláudia Rivelli, do Luciano Franciolli e Paola Pitti, e curtia todos os outros, até mesmo o Gianni Vannicola que sempre fazia o papel de vilão, kkkkk.
Dias atrás descobri que o Franco Gasparri, meu ídolo, sofreu um acidente de moto(uma Kawasaki900), em 4 de junho de 1980, aos 32 anos, e nesta época ele era bonito, famoso e rico... após o acidente ficou tetraplégico e faleceu em 31 de março de 1999, aos 51 anos, por causa de problemas respiratórios decorrentes da paralisia.
Que tragédia!Fiquei triste, pois, a sua lembrança me remota a uma fase de encantamento da vida. Nossa, era um mundo fascinante o das fotonovelas, como sonhávamos, como nos apaixonávamos por aquelas histórias românticas e pelos atores/atrizes.
E para recordar melhor essa fase tão romântica da vida, nada melhor do que o prazer de vermos nossos ídolos através de fotografias.



Franco Gasparri


Michella Roc


Alex Damiani


Claudia Rivelli


Paola Pitti






Fonte: Blog Caríssimas Catrevagens e Blog Batata Transgênica.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ABORRESCÊNCIA!!!


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Apesar de ter sido uma adolescente pacífica, tive meus momentos de revolta. Era muito dependente de minha mãe e ela era muito conservadora. Uma orientação sua, era uma ordem pra mim, nunca ousava desafiar. Às vezes me sentia sufocada, e não conseguia entender por que tanto radicalismo. Não podia isso, não podia aquilo, parece que tudo que eu gostava era ilegal, imoral ou fazia mal. No entanto, hoje entendo o porquê de tantos limites. Queria nos mostrar, inclusive com com a sua vivência pessoal, como nos comportar, respeitando as pessoas, respeitando o espaço alheio, mas, acima de tudo nos respeitando (para sermos respeitados), tendo caráter e dignidade. E nos ensinou a lição da humildade e da generosidade. A adolescência foi uma época de descobertas, de sonhos, de ilusão, de crise existencial, pois, em virtude de ser uma fase de transição na vida, nos sentimos incompreendidos, já que não somos mais crianças e também não somos adultos, e oscilamos muito em nosso comportamento. Hoje entendo que as lições que recebi foram de fundamental importância, e acredito que as orientações dos pais transmitidas aos filhos adolescentes são essenciais, pois, indicam as diretrizes para uma vida digna e segura.

terça-feira, 23 de março de 2010

FALTAVA TUDO, MAS A GENTE NEM LIGAVA...


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Eu fui uma criança frágil, amedrontada, tímida, porém, sempre muito curiosa. Meu maior medo era perder minha mãe, e depois de muitos anos, conversando com uma amiga que é Psicóloga, ela me explicava que aquele medo era conseqüência daquele primeiro desafio(trauma do parto) que enfrentamos juntas,eu e minha mãe. Mas, os desafios estavam apenas começando, não deram trégua. Minha família e eu, passamos por muitos momentos de dificuldades, de escassez. Faltava quase tudo na nossa vida, mas, como diz uma canção de Pe. Zezinho: “faltava tudo, mas a gente nem ligava, o importante não faltava... seu sorriso e seu olhar... ” é verdade, não nos faltou nada, tínhamos o importante, o fundamental, pois, meus pais sempre nos deram muito amor, carinho, proteção, e nunca nos faltou o pão de cada dia, e foi justamente esta experiência que utilizei para construir o alicerce da minha vida. Apesar de tudo, vivi momentos inesquecíveis. Quanta saudade dos banhos de rio, dos banhos de chuva, das brincadeiras de roda, esconde-esconde, amarelinha, pula-corda, subir em árvore (não fui muito boa nisso, rsrs), comer fruta no pé, assar castanhas de caju, catar tanajuras, fazer pipocas, subir na gangorra, na roda gigante, as casinha de bonecas, o cata-vento... era bom demais. Era uma grande festa quando nos reuníamos todos, eu, meu irmão e nossos primos, quanta traquinagem nós fazíamos. E fazíamos até disputas pra ver quem comia mais. Certa vez fizemos uma disputa pra ver quem comia mais jabuticaba, já pensou no que deu isso? E normalmente, estas disputas, também nos reservavam um belo prêmio: uma baita dor de barriga.

segunda-feira, 22 de março de 2010

CHEGUEI !!!


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Desembarquei neste mundo, numa madrugada fria de dia 24 de agosto (não lembro o ano, tô com uma memória ruim, ô... kkkkk). Não trouxe comigo bagagem alguma, apenas a vontade de começar a minha caminhada a partir daquele ponto. Porém, minha chegada não foi feliz, por pouco não precisei dar meia volta e retornar para o lugar de onde vim(quem sabe?). Enfrentei um grande obstáculo na minha chegada, mas, havia um anjo a minha espera, e esse anjo, que sofria mais do que eu, me ajudou a vencer meu primeiro desafio. Enfim, a luz! Precisei levar umas palmadas pra despertar, pra dar sinal de vida, e depois, enxerguei uma grande quantidade de páginas em branco à minha frente, para que eu pudesse a partir daquele momento escrever a minha história de vida. Quis o Criador que meu anjo permanecesse comigo, e fizesse parte da minha história, por longos anos, e por isso sou eternamente grata.

“ Nosso corpo, nossa postura, nosso estilo, nosso modo de ver o mundo e de viver são como palavras, frases e parágrafos que dão ao texto a coesão e a coerência necessárias para que possamos compreendê-lo na íntegra. Se não redigimos o texto de nossas vidas com competência e elegância, estamos condenando nossa história ao desprezo de todos os leitores, ao total esquecimento. O resultado é que nada restará de nós senão rabiscos, garatujas, esboços da grande obra que poderíamos ter sido, que não fomos e que jamais seremos” Gabriel Chalita, do livro A pedagogia do amor